Construtores avaliam efeitos de ventos fortes em edificações

 Construtores avaliam efeitos de ventos fortes em edificações

 

O Rio Grande do Sul tem condições geográficas que exigem mais cuidados com os efeitos de fortes ventos, a exemplo do ocorrido em Porto Alegre no dia 29 de janeiro de 2016. Preocupados em discutir formas de minimizar os prejuízos deste fenômeno nas edificações, o vice-presidente do Sinduscon-RS, José Luiz Lima Lomando, está liderando a promoção de eventos a exemplo do ocorrido no dia 5 de maio -1º Workshop “Desempenho e projeto de esquadrias e fachadas sob as condições de esforços de vento da Região Sul”-, que lotou o Teatro do Sinduscon-RS.

Para a coordenadora do evento, Maria Angélica Covelo Silva, da NGI Consultoria e Desenvolvimento, no Brasil há uma falta de cultura, quanto à observância de normas técnicas de uma forma geral e, no caso específico uma ausência de projetos para a instalação de esquadrias e a aplicação de fixadores e vedações nas fachadas para maior segurança dos prédios durante as tempestades. Em contrapartida garante que o RS dispõe de uma das melhores reservas de conhecimento de aerodinâmica em engenharia do País, o que justificou o convite ao primeiro palestrante do workshop, o professor Acir Mércio Loredo Souza, diretor do LAC (Laboratório de Aerodinâmica das Construções), da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Segundo ele, se arquitetos e construtores fizerem uso de ensaios em túneis de vento e normas específicas do tema como a NBR 6123 – Forças devidas ao vento em edificações – e a NBR 10821 – Esquadrias externas para edificações -, muitos do problemas ocorridos em 29 de janeiro poderiam ser evitados. “Reforçou que tais normas serão aperfeiçoadas, ampliadas e atualizadas para que os materiais e as construções suportem melhor a pressão do vento. Em alguns casos, a revisão pode até aumentar os custos de construção, mas ao longo do tempo traz economia porque evita acidentes – observa o especialista. Apresentou em sua palestra cases de construções do Estado, que submeteram suas construções ao túnel de vento da Ufrgs, empreendimentos residências na capital e interior, de empresas associadas ao Sinduscon-RS, até obras emblemáticas como os estádios Beira-Rio e Arena.

A entidade reuniu, durante workshop, especialistas na matéria do centro do país bem como projetistas que apresentaram propostas de medidas preventivas aos incorporadores e construtores gaúchos, tendo em vista que o Estado está sujeito à repetição de tempestades do mesmo porte, inclusive com maior frequência. Os palestrantes foram unanimes em destacar a importância de consultas às normas existentes. Estas devem ser motivadas já nos cursos de engenharia. “Muitos alunos entram no mercado sem o conhecimento aprofundado das mesmas”, concluiu Igor Alvim, consultor da QMD Consultoria.

As apresentações estão disponíveis na área exclusiva dos associados.

 

 

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